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Brutalismo: do cinza industrial à decoração moderna

Se você é morador de São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, o brutalismo já é um velho conhecido seu.


Presente em várias das criações de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, este estilo arquitetônico remonta às décadas de 50 e 60, quando, logo após a segunda guerra mundial, Le Corbusier (importante arquiteto, urbanista, escultor e pintor franco-suíço) decidiu explorar materiais brutos e sem acabamento -concreto, cimento e afins- como matéria prima de suas representações artísticas.


Fazendo uso repetitivo de formas sólidas em um design minimalista, o brutalismo consegue, com sua simplista faceta industrial, transformar a monótoniedade do cinza em algo belo. E é justamente por conta desse seu viés “moderno-manufaturado” que o estilo tem conquistado, também, grande espaço em projetos de design de interiores ao redor do globo.


Sólido, cru e autêntico: o brutalismo na decoração de ambientes

Com o passar dos anos, o movimento brutalista passou a se aventurar em terras além da arquitetura e das artes plásticas. Sua estética começou a ganhar cada vez mais notoriedade e não durou muito até que começássemos a ver seus aspectos aparecendo no cinema, no design gráfico, na publicidade e, claro, na decoração de interiores!


Embora não haja uma regra para a aplicação do brutalismo em diferentes cômodos, existem algumas recomendações gerais para quem quiser adotar esta estética:


  1. Concreto aparente: o brutalismo, basicamente, gira em torno do concreto, dando destaque às suas marcas de cofragem, texturas e imperfeições. Assim, você consegue sintetizar e transmitir a autenticidade e transparência das formas em sua mais pura essência;


  2. Menos acabamento: se o brutalismo se baseia na valorização da naturalidade dos materiais, então, por consequência, sua máxima é “quanto menos acabado, melhor”. Essa é uma forma de preservar a pureza do ambiente e, ao mesmo tempo, enaltecer que a beleza pode, sim, ser rude;


  3. Incorporação de luz natural: sempre que for montar um ambiente, leve em consideração a iluminação. No caso do brutalismo, a mais indicada é a natural que, com leveza, destaca as sombras, contornos e formas de superfícies geométricas bem definidas;


  4. Móveis minimalistas: seguindo na linha de menos é mais, os móveis de uma decoração brutalista devem esbanjar simplicidade. Quanto ao material, há quem prefira manter o mesmo padrão da edificação e escolher uma mobília feita à base de concreto e/ou cimento. Mas, se você prefere uma abordagem menos ríspida e mais sensível, a madeira é o material que procura. Lembre-se, apenas, de que este é um projeto brutalista e, portanto, é interessante manter a cor e texturas originais da madeira, utilizando, no máximo, um verniz transparente;


  5. Cores neutras: o cinza do concreto e do cimento, por si só, já é considerado uma cor neutra. Porém, se você quiser explorar outras cores em sua decoração, dê preferência a tonalidades imparciais, como variações de preto, marrom e branco.


Criando cômodos brutalistas somente com a pintura

Se seu objetivo for desenvolver um projeto brutalista completo e robusto, prepare-se para abrir a carteira… Você provavelmente precisará fazer uma reforma estrutural dos ambientes, o que te levará a gastos com insumos, mão de obra, diária de caçamba e demais despesas que envolvem uma obra de médio/grande porte.


Porém, saiba que existe uma alternativa eficaz e bem mais barata de se aplicar o brutalismo dentro de casa: através da pintura!


É claro que os resultados dessa alternativa não serão tão completos quanto uma reforma total, mas, levando em consideração a relação custo x benefício, essa pode ser, sim, a sua melhor escolha. O cimento queimado, por exemplo, é um elegante acabamento industrial que está em alta no mercado, pois sua flexibilidade permite que seja aplicado em diversos projetos, com as mais variadas finalidades.


Agora, que tal colocar em prática o que aprendeu e começar a “brutalizar” os cômodos de sua casa? Conte com a Pepe e nós vamos te ajudar a dar o melhor tom para sua transformação!


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